Estudantes e servidores se reúnem na 1ª Congregação da Escola de Música e Artes Cênicas
A 1ª Congregação da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG aconteceu na útlima segunda-feira, 20 de maio, às 14h, no Teatro Belkiss S. Carneiro de Mendonça, com a presença dos estudantes, servidores técnicos e docentes da unidade. Convocada pelo diretor, professor Eduardo Meirinhos, a partir de uma solicitação do Diretório Acadêmico da EMAC, a Congregação teve como objetivo discutir o cenário político da educação no país e seus impactos às universidades públicas, em especial a UFG. Na pauta estava o corte orçamentário de 30% para as IFES, anunciado pelo governo.
Compondo a mesa diretiva estavam o diretor da EMAC, professor Eduardo Meirinhos, o vice-diretor, professor Alexandre Nunes, a ex-diretora, professora Ana Guiomar Rêgo Souza, representando os docentes, o professor Newton Armani, representando os servidores técnico-administrativos, Ronaldo Caetano e o representante estudantil, Danilo Medeiros. Cada um dos componentes da mesa teve um momento de fala, no qual manifestaram preocupação com a realidade imposta à universidade pública frente ao corte de 30% em suas verbas. O diretor citou as projeções da Pró-reitoria de Administração e Finanças da UFG, afirmando que, efetivado o corte, a universidade não conseguirá se manter em funcionamento a partir do início do mês de setembro. Ele explicou sobre quais tipos de despesas o corte atinge e chamou a atenção para o fato de que muita informação distorcida tem sido difundida na tentativa de descredibilizar a universidade pública.
Nas falas que se seguiram foi enfatizada a importância da educação, em todos os níveis, e a presença da pesquisa e extensão universitárias no desenvolvimento do país. Foi ressaltado o crescimento e fortalecimento da universidade nos últimos anos e relembrados outros momentos de crise pelos quais a instituição passou. O representante dos estudantes, Danilo Medeiros, relacionou a ameaça de cortes na educação com a expectativa de aprovação da reforma da previdência pelo governo, que segundo ele, está usando a educação como moeda de troca no jogo político. Foi consenso entre os integrantes da mesa a necessidade da comunidade acadêmica se unir em prol da divulgação das ações desenvolvidas pela universidade.
Na palavra aberta aos membros da comunidade interna presentes, foram reafirmados os pontos apresentados pela mesa e reforçada a importância da união entre os diversos cursos da EMAC, bem como uma maior integração com os demais cursos da UFG. A maioria dos estudantes que se manifestaram demonstraram um descontentamento com a ausência da maioria dos alunos nesses momentos de debate e articulação política.
Professores relataram casos de extrema vulnerabilidade de alunos da EMAC, cuja permanência na instituição estará ameaçada caso a UFG não consiga manter o pagamento de bolsas e auxílios. Ressaltaram ainda a importância da participação ativa nos fóruns e assembleias de discussão já existentes no estado, que carecem de representação das diversas áreas.
O professor Newton Armani, reconhecendo a importância de discussões prévias e alinhamento das estratégias de comunicação, conclamou os presentes a não se limitarem pela baixa adesão das pessoas às ações propostas. Segundo ele, é preferível a execução de várias ações pequenas do que a lentidão causada pela tentativa constante de articular um número muito grande de pessoas ao mesmo tempo. Ele sugere que cada indivíduo que se sinta impelido a realizar uma ação, seja uma aula aberta, uma apresentação artística, panfletagem etc., a realize, independente de estar amparado por um movimento maior de articulação.
Encerrando a reunião, o diretor parabenizou os estudantes pela iniciativa de realizar este encontro e frisou a importância de uma mobilização inteligente, considerando os frequentes ataques orquestrados à imagem da universidade pública, em que ações são descontextualizadas e apresentadas à sociedade como uma redução grotesca do cotidiano acadêmico. O diretor ainda enfatizou as ações de comunicação que estão sendo implantadas na sua gestão e que deverão acontecer de forma contínua e direcionadas, nesse momento, principalmente ao público externo à UFG.
A universidade pública cumpre um papel fundamental na sociedade e atua em diversas frentes levando tecnologia, inovação e cultura. É do interesse de todos que ela se mantenha forte, atuante e continue realizando ensino, pesquisa e extensão com a excelência que lhe é própria, sem julgamentos de valor entre as mais diversas áreas do conhecimento. A Escola de Música e Artes Cênicas da UFG reconhece seu forte papel social e atua em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.
Quelle: Núcleo de Comunicação EMAC
Kategorien: notícias