Tayro Louzeiro Mesquita é aprovado com bolsa integral para mestrado nos EUA

A EMAC e seus alunos admiráveis. Mais um egresso da EMAC, Tayro Louzeiro Mesquita, inicia este ano sua pós-graduação no exterior com excelência no processo de admissão. O ex-aluno do curso de Música Bacharelado foi aceito para o programa de mestrado em Music Performance (Performance musical) com foco em violão, na Marshall University em West Virgínia, EUA.

Tayro vai ocupar a posição de Teaching Assistant (professor assistente), com bolsa integral que cobre os custos do curso, além de auxílio financeiro semestral, e mais a concessão de uma segunda bolsa com um valor anual. Sobre sua exitosa experiência, o mestrando nos conta um pouco do caminho que trilhou para a aceitação no programa que inicia em agosto de 2023.

Fale um pouco sobre o programa da Marshall University

Fui admitido para o programa de mestrado em Music Performance (Performance musical) com foco em violão, na Marshall University em West Virgínia, EUA. Este mestrado é voltado ao aprimoramento da performance do violão, com foco no desenvolvimento técnico-musical ao instrumento e prática em conjunto, e disciplinas teóricas tais como análise, métodos de pesquisa, teoria musical, história da música.

Por que estudar no exterior?

Ter uma experiência de estudos nos exterior já estava em meus planos, mas a decisão por essa universidade foi primordialmente pela escolha do professor. O primeiro passo para o mestrado se deu durante o Curso de Verão da Escola de Música de Brasília (CIVEBRA), no ano 2020, no qual o professor de violão da Marshall University, Dr. Júlio Alves, foi o professor convidado. Estava no último semestre do meu bacharelado na EMAC/UFG e já visava um próximo passo acadêmico na área da performance musical. Vi então nesse curso da Marshall a possibilidade de fazer contato com esse professor, conhecer um pouco sua didática, e buscar informações de como funcionaria o mestrado em sua universidade.

Eu gostei bastante da aula e da sua abordagem e para a minha surpresa após a masterclass o assunto sobre os meus planos futuros surgiu naturalmente, e então ele me disse da possibilidade da obtenção da bolsa de estudos integral na Universidade. Porém, não podendo tentar o processo naquele momento, esperei por mais dois anos. Mantivemos contato durante esse tempo, e foi importante para juntar o máximo de dinheiro possível, estudar inglês para o teste de proficiência exigido e preparar bem o repertório que tive que enviar.

Como foi o processo seletivo?

O processo foi todo feito de forma on-line. E o inglês exigido foi o nível B2. O repertório foi de 30 a 45 minutos de música. Toquei obras de diferentes períodos, gravei e enviei via YouTube. As peças enviadas foram: Prelúdio da BWV 996 (J. S. Bach), Prelúdio nº1 (Villa-Lobos), Sonata III - 2º e 3º movimentos (M. Ponce) e El Decameron Negro (Leo Brouwer). A aplicação foi feita em duas frentes. Uma com a universidade e outra com a escola de música da mesma universidade. Um comitê da escola de música da Marshall julgou os meus vídeos. Dessa maneira, recebi a aprovação da escola, e com a universidade tive que comprovar diploma, histórico escolar, proficiência em inglês e  efetuar o pagamento de uma taxa de inscrição.

Obtida a aprovação, a segunda etapa foi pleitear uma bolsa de estudos. Mais uma vez meu caso foi para um comitê onde estava concorrendo com outros alunos pela bolsa. Nessa reunião, ficou decidido que eu ocuparia a posição de Teaching Assistant (professor assistente), ganharia a bolsa integral, que cobre todo o custo do curso, além de uma ajuda financeira semestral e, por sorte, uma segunda bolsa com um valor anual também foi concedida.

Fale um pouco sobre sua experiência na EMAC/UFG

Entrei no curso de Música bacharelado em violão no ano de 2016 e me formei em 2021. Não tenho dúvidas de que ter estudado na EMAC foi o divisor de águas na minha vida. Ter feito a graduação sob a orientação do professor Eduardo Meirinhos, assim como ter aulas de formação de repertório, música de câmara, técnica violonística e teoria com os professores Pedro Martelli, Helvis Costa e Werner Aguiar, me deram, além das ferramentas necessárias para me desenvolver musicalmente e profissionalmente, também a auto confiança de poder almejar e tentar propósitos maiores.

Durante a graduação eu fui monitor de Harmonia, Contraponto e Análise e participei de vários festivais de música tanto na EMAC quanto em outros estados do Brasil. Na verdade sempre fomos incentivados pelos professores a participar de todos os festivais e concursos de música que pudéssemos. O ambiente na classe de violão sempre foi de entusiasmo e cooperação entre alunos e professores, onde uma aula complementava a outra. Os professores, por sua vez, sempre me foram acessíveis e muito solícitos, me mostrando um alto grau de competência e comprometimento com o curso.


Muito sucesso Tayro!