Alunos de Musicoterapia participam da disciplina Musicalidades Decoloniais, no Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena

Nos dias 03 e 04 de agosto foi realizada a disciplina Musicalidades Decoloniais, no Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena, ministrada pelo Professor Alexandre Herbetta para os alunos do Curso de Educação Intercultural da UFG.

Em uma parceria com a Escola de Música e Artes Cênicas, participaram dessa disciplina também os alunos da graduação em Musicoterapia do primeiro e quinto períodos, com a supervisão da Professora Fernanda Valentin, como parte da disciplina Fundamentos e Históricos da Musicoterapia.

Os alunos de musicoterapia tiveram a oportunidade de conhecer os alunos indígenas que vieram de diferentes regiões do Brasil para a “Etapa de estudos da UFG” que aconteceu de julho a agosto. Os estudantes indígenas agora retornam para seus territórios a fim de cumprir a “Etapa de Estudos em Terras Indígenas” realizada entre os meses de abril e junho, e de setembro e novembro, nas aldeias onde moram. 

Entre os alunos indígenas participantes da disciplina, havia treze etnias representadas: 
Akwẽ-Xerente,  Apyãwa/Tapirapé, A’uwẽ Uptabi/Xavante,  Boe/Bororo, Guajajara, 
Ikpeng, Iny/Karajá, Kawaiwete/Kayabi Krahô, Kuikuro, Mẽtyktire/Kayapó, Pyhcop cati ji/Gavião, Wauja, Yudja/Juruna. 

Os alunos se subdividiram em grupos e trabalharam na construção de um áudio-cartão com intuito de apresentar algum saber importante para sua comunidade que esteja sendo esquecido. Em breve esse material será editado e fará parte do acervo do projeto Alfabecantar (alfabecantar.com.br) que tem como objetivo problematizar e propor materiais didáticos e paradidáticos para uso em escolas indígenas e não indígenas, elaborados a partir de outras bases epistêmicas, relacionados aos campos do multiletramento e da interculturalidade crítica.

A Professora Fernanda Valentin ressalta a importância da ação para a formação dos futuros musicoterapeutas, ao conhecerem e valorizarem práticas musicais decoloniais, pautadas na potencialidade dos conhecimentos dos povos originários, em um processo de interaprendizagem.