A musica no Brasil que voce toca

Edson Natale lança “A música no Brasil que você toca” na EMAC-UFG - Campus Samambaia

Em 02/05/24 18:21.

Dia 03/05 às 16h no mini-auditório da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG. A atividade será certificada.

O livro alinhava histórias da música brasileira, algumas desconhecidas, outras simplesmente desconsideradas
A gravação do primeiro disco do Amapá, a primeira mulher latino-americana a reger a Filarmônica de Berlim e a enquete a respeito se uma mulher deveria ou não tocar trombone são algumas das histórias contadas no livro
O que um detetive em Recife da década de 1970, um flautista, que recepciona a Coluna Prestes em sua chegada à primeira capital do Piauí, em 1926, e a fuga de um garoto de 11 anos em Itabaiana, Sergipe, em 1929, têm em comum? É com algumas dessas perguntas e histórias que Edson Natale segue a itinerância de lançamentos de seu novo livro, “A música no Brasil que você toca”. O livro traz, em 11 capítulos, diversas histórias que o músico e gestor cultural reuniu, pesquisou ou vivenciou ao longo de mais de 30 anos de viagens por todo o Brasil. O lançamento é fruto da parceria entre as editoras zarpaZanza e Paraquedas.
“Este livro é resultado de muitas andanças pelo Brasil. Me dei conta que estava, já há algum tempo, colecionando e anotando as histórias que ouvia ou vivenciava, e também os recortes, folhetos e livros que juntei, ganhei ou comprei nos sebos, até perceber que tinha reunido um material riquíssimo a respeito da música brasileira, de todas as regiões do país. Comecei a dar forma a uma narrativa para compartilhar essa infinidade de histórias e algumas delas, finalmente, estão neste livro; outras ainda aguardam novos mergulhos que se juntarão a futuras viagens e encontros...”, afirma Natale.
A primeira mulher latino-americana a reger a Filarmônica de Berlim foi uma brasileira chamada Joanídia Sodré. Natale conta parte de sua história no livro, começando pelo seu nascimento em Porto Alegre, em 1903; ela,que participou do 1o Congresso Internacional Feminista, aos 19 anos, regendo o concerto formado apenas por peças de compositoras: as francesas Cécile Chaminade e Augusta Homès, a inglesa Ethel Smyth e a brasileira Branca Bilhar. Joanídia também participou da segunda edição deste mesmo congresso, quando compôs o hino da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que recebeu letra de Maria Eugênia Celso Carneiro de Mendonça.
Texto da orelha do livro
O que um detetive em Recife da década de 1970, um flautista, que recepciona a Coluna Prestes em sua chegada à primeira capital do Piaui, em 1926, e uma reportagem publicada pela Revista do Rádio no início da década de 1950, questionando se uma mulher deveria ou não tocar trombone, têm em comum?

Deslocando-se em viagens e encontros musicais pelo Brasil e desconsiderando supostos limites estéticos e temporais, Edson Natale alinhava neste livro histórias, causos e acontecimentos da música brasileira, alguns desconhecidos da maioria, outros simplesmente desconsiderados. Independentemente de estilos, o autor recolheu (e acolheu) quinhões da música brasileira e desbastou-os para nos apresentar histórias fascinantes do Brasil através da música ou, se preferir, histórias da música por mão da imensidão do país em que vivemos.
A Música no Brasil que você toca mantém do início ao fim a ambiguidade que o título propõe. Afinal de contas, que país é esse, no qual se cria uma das músicas mais potentes, belas e instigantes do planeta? O questionamento cabe a quem traduz o país em sons, através de composições e interpretações, e também a quem deseja desvendar, saber e compreender um pouco mais deste lugar chamado Brasil.
Este livro é resultado dos mais de trinta anos em que Edson Natale percorre o Brasil como músico ou gestor cultural. São histórias baseadas em muita prosa, recortes, pesquisas e memórias que reúnem passagens por todas as regiões do país.
Sobre Edson Natale
Edson Natale descobriu-se músico na faculdade de agronomia, no início dos anos 1980, e desde então atravessa a vida de mãos dadas com a música e com outras pessoas que a amam. Nascido em São Paulo, em 1962, atuou no campo da gestão cultural por mais de vinte anos, como gerente do núcleo de música do Itaú Cultural e gerente-coordenador do Auditório Ibirapuera e de sua escola, dedicada à formação musical de estudantes da rede pública de ensino. Além de discos como Nina Maika (1990), Calvo, com sobrepeso (2007), Âmbar – os afluentes da música(2020) e A egípcia e o mecânico (2022), lançou livros como A história do incrível Peixe Orelha e Balila, a minhoca bípede, voltados para o público infantil. Com Cris Olivieri, é organizador da coletânea de textos Direito, arte e liberdade e do Guia brasileiro de produção cultural.
Serviço
02 de maio / 18h - Instituto em Artes Gustav Ritter - Av. Mal. Deodoro, 237 (entrada franca) 03 de maio / 16h - EMAC - Escola de Música e Artes Cênicas da UFG (entrada franca)
mini auditório - Campus Samambaia

 

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Fonte: Vice-direção

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