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MOSTRA DE TEATRO DA EMAC

Sur 19/02/13 17:40.

Acontece de 22 de Fevereiro a 01 de Março na Escola de Música e Artes Cênicas a “Mostra de Teatro da Emac”, onde serão apresentados os espetáculos teatrais resultantes das disciplinas de Oficina do Espetáculo. A entrada é gratuita.

 

Confira abaixo a programação:

 

Janelas

Laboratório de Interpretação | 22 de fevereiro | 20 horas

duração: 20 minutos

público: 25 pessoas

 

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orientação cênica

 Francisco Guilherme e Rosi Martins

atuante

Pâmela Dutra

assistente/colaboradora cenografia e produção

Raquel Rosa

textoscolagem

Janelas(Fábio A. D. Merladet& Isabella G. Miranda)

Insólita (Cazarré)

 

fotos

Vanessa Croft

 

serviço

Local: Laboratório de Interpretação / EMAC

Dia: 22 de fevereiro – sexta-feira

Horário: 20 horas

duração: 20 minutos

público: 25 pessoas

Release

 

Janelas é um solo experimento cênico com dramaturgia mista derivadoda Oficina do Espetáculo VIII do Curso de Artes Cênicas da UFG. A Oficina produziu duas montagens, sendo que, Janelas foi realizado no período de 4 (quatro) meses. Configura-se como uma proposta colaborativa, relacionale com dinâmica processual em que o foco prioriza as relações e as experiências nas/comas construções de teatralidadescom preponderância do visual e corporal.

A invenção da montagem partiu sempre das práticas do ensaio de escrituras corporais, improvisações e achados cênicos.Tudo começou com a palavra janelas e suas conexões visuais e de sentidos propostas pela atuante. Depois surgiram as medianeiras (laterais dos prédios que abrigam anúncios de publicidades nos centros urbanos). Passou-se à descoberta de janelas no ambiente da sala de ensaio usando os cinco sentidos (inclusive janelas corporais).Após isso, os vãos das janelas tramarammemóriasde espaços vazados que respiram e também de gretas, trincas eentre entendidos como interstícios. Surgiram tambémespaços apertados com tensões geradoras de dramaticidades. Na continuação, ventilaramnoções tais comomutável, transitório, fragilidade, impotência e sobrevivência.

Os fazeres da cena foram fluindo para zonas mais complexas (no sentido de cruzamentos) nas quais foram trançando vida e arte com condição ética e criação estética presentes nas relações corporais juntamente comos materiais precários, inservíveis e gambiarras. Estes materiais, tais como, papelão das caixas de piano e jornal usado, foram levados para o ensaio para compor o espaço cenográfico.As janelas vazadas e moldadas nos papelões foram sendo confeccionadas com modelos de outros tempos (rosáceas de catedral) contaminadas com janelas urbanas atuais e que passaram a editar a mirada da cena.Junto comisso foi-se exercitando a materialidade corporal em contato com as texturas dos objetos precários e esse potencialagiacomo laço da presença da atuante no meio das práticas representacionais. Materiais das margens, mas potentes para as teatralidades liminares.

Os estilhaços de texto entraramna cartografia de dramaturgia, assim como acontecia a papelagem no cenário com sobreposição de pedaços de jornais, em cena, os fragmentos da collageforam enredando uma dramaturgia efêmera. Esta colagem foi criando algumas zonas de ficção com foco na prática corporal como produtora de visualidades cênicas. Isso também configurou-senas relações com o tecido transparente eos materiais aleatórios das bolas de jornal, assim comono movimento do figurino preto fluído misturado aos cabelos pretos soltos.

Janelas está aberto para encontrar as janelas/olhar dos espectadores, como no trecho de texto levado pela atuante para o ensaio: a metáfora das janelas é capaz de nos transportar para instâncias tanto interiores quanto exteriores. Percebo a possibilidade de um olhar que se abre para presenciar os fatos por onde os olhos são capazes de tatear; ao mesmo tempo o fechar de olhos não fecha totalmente a potência da janela, que agora acaba por adentrar em si mesmo. A janela traz a troca vivida continuamente, onde o fora e o dentro estão a todo instante em diálogo, em uma troca permanente, um compartilhar que independe da abertura ou fechadura da mesma. O que muda são as diferentes formas desse diálogo, pois com ou sem frestas a matéria janela já está ali, a ser trabalhada a se refugiar dentro de um baú ou se escancarar para um outro eu, para um outro você. Há sempre novas/outras possibilidades, há sempre infinitas janelas…

 

 

 

 

Travestidos de noiva

Uma performance de Alan Smithee

25 de fevereiro

 


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Horários e locais

Primeiro Vestido: 17h00 – Campo em Frente à Cantina da EMAC

Segundo Vestido: 18h00 – Hall do Teatro da EMAC

Terceiro Vestido: 19h00 – Teatro da EMAC

  

Release

 

Décadas depois do sucesso de bilheteria e crítica obtido com o filme Duna, Alan Smithee está de volta à cena. Desta vez nos palcos e gramados do Conservatório de Música e Artes Cênicas de Goyaz Texas, o centenário Diretor dirigiu, a convite dos professores Kléber Damaso e Alexandre Nunes, a multi-performanceTravestidos de Noiva. Trata-se de uma livre adaptação dos registros de sonho que os leitores de Nelson Rodrigues tiveram, na noite de seu primeiro contato com o texto Vestido de Noiva. Para esta performatização, Smithee selecionou a cidade de Goiaz Texas como cenário ideal, por entender que atualmente é ela que mais se aproxima do imaginário onírico despertado por Nelson, no Rio de Janeiro da década de 40. Travestidos de Noiva é uma multi-performance dividida em três momentos (1º, 2º e 3º vestidos), que transita do ambiente público dos sonhos de casamento à intimidade mais recôndita da afetividade humana. Seguindo essa lógica de organização, o primeiro momento da performance ocorre em campo aberto, como lócus do imaginário público e coletivo dos sonhos de casamento. Em seguida, a cena se desloca para o entre-lugar aberto-fechado do Hall do Teatro, como espaço de trânsito entre o público e o privado. Neste momento, ocorre uma confluência entre o dito e o interdito, o silenciado e o publicitado dos sonhos de casamento. Por fim, a performance se desloca para o interior do Teatro, como lugar de revelação explícita das sombras da afetividade, através de uma exposição do conteúdo profundo dos sonhos de consumo.

 

Direção: Alan Smithee

 

Coordenação do Projeto: Profs. Kléber Damaso e Alexandre Nunes

 

Estrelando: Aline Freire, Allan Lourenço, Ana Carolina Dias, Carolyne Pimenta, Fran D´franceschi, Larissa de Paula, Larissa Sisterolli, Jackson Douglas, Jonathan Sena, Lorena Fonte, Marcos Davila, Rhuan Di Carvalho, Urânia Lima, Victor Baliane e Zelio Oliveira.

 

 

 

A Bilha Quebrada

26 de fevereiro | Auditório da Emac | 19hs

 

 

Apresentação da Cena VII da peça “A Bilha Quebrada”, de Heinrich Von Kleist(1777-1811), pelos alunos da disciplina Oficina IV, ministrada pelas professoras Julia Pascali e Andrea Pita dentro do curso de Graduação em Artes Cênicas da EMAC/UFG.

A turma se debruçou em estudo de mesa e pesquisou aspectos sócio-histórico-culturais em que a peça foi escrita, aspectos linguísiticos, a obra e a vida do autor, traduções da peça para o português no Brasil, montagens realizadas.Foi durante a realização deste estudo que se optou por experimentar a execução de uma cena da peça.

A peça “A Bilha Quebrada” foi escrita por Heinrich Von Kleist, escritor alemão de breve vida considerado por alguns especialistas como romântico. Enquanto estava vivo, Kleist chegou a ter esta peça montada por Johann Wolfgang von Goethe.

A ação da peça se passa na aldeia holandesa de Huisum, onde um juiz atua segundo modos questionáveis. No entanto, a chegada de seu superior, o Desembargador Walter de Utrecht, coincide justamente com o julgamento da bilha quebrada de estimação da mãe de Eva, moça que o juiz Adão deseja a todo custo. No desfecho, descobre-se que o verdadeiro réu é o próprio juiz.

 

Duração da cena : 50 minutos

 

Orientação: Andrea Pita

 

Elenco:

Juiz Adão – Diego Ramon Oliveira de Araújo e Morena Mariah Couto Souza dos Santos

Eva – Paula Lopes de Paula Briguiza e Yasmin Gonçalves e Lyra

Ruprecht – Luciano Diogo Oliveira Freitas

Licht – Luiza Camilo de Oliveira Martins

Desembargador Walter – João Marcos de Souza e Camila Freitas Santos

Dona Marta – Lidiane de Leles Carvalho e Ludmyla Marques Mendonça

Veit – Tânia Regina Abreu da Bouza

Criadas – Jéssica Hannder Borges e Marilandes Ramos de Souza

 

 

Espécie

27 de fevereiro | 14hs | Teatro da Emac

 

 

Espécie não remete ao que somos, mas ao que desconhecemos. A montagem é uma pesquisa de caráter experimental, que teve inicio há mais de três anos, voltada para os imbricamentos entre natureza, corpo e animalidade, em uma perspectiva sociocultural. A forma em estado de transformação constante, é tratada na montagem como manifesto; a intervenção ocorre pela presença do corpo, da luz e do espaço. O corpo selvagem encarnado, os corpos dentro do corpo, revelados pela incidência da luz, inclinado ao outro no ato cênico. Espécie brinca nos campos da experiência presencial, da experiência compartilhada e seus estados de tensão; explosão de forças. O espaço cênico, uma sala escura, que incita a memória sensorial dos espectadores. Em Espécie não há oposição, o tempo e o espaço pertencem a uma nova ordem, instaura o instante, o universal e o particular em uma condição indissolúvel do existir.


Direção: Valéria Braga

Atuação: Rodrigo Cunha

 

 

 

A moça de Bambuluá (conto popular)

27 de fevereiro |16:00 hs |  Auditório EMAC

 

 

Release

 

 O espetáculo consiste numa adaptação para teatro do conto popular "A moça de Bambuluá", baseado na recontagem de Ricardo Azevedo. A história narra a trajetória de João que, após desencantar uma princesa, deve reconquistá-la enfrentando novos desafios. O trabalho é resultado dos exercícios de jogos cênicos e poéticos, leitura e criação de dramaturgia e criação de personagem e encenação, conteúdos desenvolvidos durante o ano na disciplina Oficina do Espetáculo I e II.

 

Créditos: alunos da disciplina Oficina de Espetáculo II, professora orientadora Maria Ângela De Ambrosis.

 

 

 

Terreiro da infância

27 de fevereiro | Teatro EMAC | 19hs

 


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Estudos da infância e criação coletiva incitada pela obra A Terceira Infância do poeta Manoel de Barros.

 

Direção geral/ dramaturgia/ orientação acadêmica

Natássia Garcia

Assistente de caracterização

Kárita Garcia

 

Dramaturgia(s)/ atu(ações)

Ana Gracielle Cabral

Cleber Sanviê

Diana Deyse

Jéssica Wuiner

Marília Machado

Rannier Ribeiro

Raquel Rosa

Roger Thomas

Takaiúna Correa

Yasmin Ribeiro

Produção

O grupo

 

 

Release

 

 

Nada há de mais prestante em nós senão a infância. O mundo começa ali.

Manoel de Barros

 

Orientado pela professora e diretora Natássia Garcia, o coletivo Terreiro da Infância é formado por jovens estudantes/artistas goianos. Desde fevereiro de 2012 o grupo – vinculado às disciplinas Oficina do Espetáculo I e II (Emac/UFG) – se propôs a estudar a obra do poeta pantaneiro Manoel de Barros (1916 - ), mais especificamente A Terceira Infância. Com interesse em verticalizar a pesquisa sobre/com a infância, sugerimos um espetáculo composto das nossas memórias inventadas, porque como afirma Manoel “Tudo o que não invento é falso”. A ideia de elaboração de Crianceiras... ou nossa infância inventada surgiu a partir do interesse conjunto da direção e dos atores em trabalhar a infância, unindo suas próprias memórias e memórias do autor em questão. Sendo assim, impulsionados a entrarem em contato com o par ‘natureza/cultura’ criaram uma aproximação com maior intensidade da obra e do modo de vida do autor. Tendo em vista que a natureza é forte elemento na produção do escritor e nas experiências dos artistas do espetáculo. Em diversos contextos, Infante de origem grega, significa aquele que não se manifesta ainda; do latim, aquele que não fala, contudo, é aquele que anda, caminha... Entretanto, aos olhos do grupo, a criança tem voz e a infância é manifestação de inúmeras vozes! Por isso, por meio de um exercício com Experiências Estéticas, o coletivo buscou cavar o quintal de vestígios das crianças que foram/são. Neste sentido, os artistas se aproximaram da pesquisa de imagens, imaginação e memórias da infância, apropriando-se também do saber-sabor do conhecimento. De ConstantinStanislavski foram explorados principalmente os trabalhos com a imaginação e as ações físicas. Com contribuições de Walter Benjamin, pôde-se compreender um pouco mais sobre a memória, a experiência, o assombro e a infância. Com experimentações interartísticas o grupo almeja propor um convite ao espectador a escavar a poética da natureza e da cultura com o olhar da nossa infância; e do faz de conta e da teatralidade que perpassa as relações singulares e universais das infâncias que temos/tivemos, somos/fomos: “Então, tudo é faz de conta como antes?” Faz de conta que o menino é um tatu. Faz de conta que o menino é tu!

 

 


 

Quase nada sobre elas

Laboratório de Interpretação | 28 de fevereiro | 20 horas

duração: 20 minutos

 

Universo feminino em uma tragicomédia perfumada com cultura pop e baforadas de melodrama.

 

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orientação cênica

Francisco Guilherme e Rosi Martins

 

atrizes criadoras

Marina Lopes

Naiara Silva

 

dramaturgia

Clégis de Assis

trilha sonora

músicas de celular executadas pelas atrizes em cena

 

serviço

Local: Laboratório de Interpretação

Dia: 28 de fevereiro – quinta-feira

Horário: 20 horas

duração: 20 minutos

 

 

 

Release

 

Quase nada sobre elas com dramaturgia de Clégis de Assis é uma das montagens derivadas da Oficina do Espetáculo VIII do Curso de Artes Cênicas da UFG. A Oficina produziu duas montagens. Foi realizada no período de 2 (dois) meses. Quase nada sobre elas configura-se como uma tragicomédia perfumada com cultura pop e baforadas de melodrama. Duas mulheres, partindo de alguns temas do universo feminino, fabricam com jogo e cumplicidade uma série de situações humoradas, mas que transitam também por cenas e narrativas com indignação, ironia e até denúncia. O texto traz o enredo com momentos fractais, faz uso também de recursos da cultura publicitária, televisiva e radiofônica para tecer sua trama. A escolha da dramaturgia da montagem, por parte das atrizes, instiga sobre a produção dramatúrgica dos alunos/as do curso de Artes Cênicas/UFG, proporcionando um exercício que dialogue com as diversas poéticas e artes da cena.

Duas mulheres estão limpando um lugar que remete a um camarim. Aos poucos elas se envolvem com os objetos do local. A partir daí passam a desdobrar cenas e seguem em um jogo de amarra e desata de situações cômicas, dramáticas e poéticas. Tipos vão sendo visitados, tais como, a consumista, a romântica, a explorada, a exploradora, a tímida, a irada, a malandra. Desenhos de personagens vão sendo esboçados e daí surge a apresentadora sensacionalista, a dona de casa, a mãe, a feme fatale...

 

 

A máquina de somar, de Elmer Rice.

01 de março | 20hs | Sala 08 Pça Universitária

 

 maquinadesomar

 


Oficina do Espetáculo VIII

Prof. Newton Armani de Souza


Texto norte-americano de 1923, vinculado ao expressionismo, "A máquina de somar" trata da anulação do indivíduo diante da lógica do mundo do trabalho.

Mergulhado na alienação, o protagonista personifica a "submissão voluntária" que leva-o a fazer da existência um pesadelo do qual ele não pretende despertar.