FUGA 6 - Festival Universitário de Artes Cênicas de Goiás
De 06 a 15 de dezembro de 2013
O VI Festival Universitário de Artes Cênicas de Goiás - FUGA 6, chega este ano trazendo questionamentos sobre os limites da representação, tanto do ponto de vista estético, quanto político: das impossibilidades de representação mimética às possibilidades de criação subjetiva; das insatisfações de representação política à autonomia do sujeito no campo sócio-político. Em seu espectro de reflexões cênicas, os espetáculos questionam as ditaduras políticas latino-americanas (Potestad), a incomunicabilidade urbana (Cidade dos Outros) e os nossos limites de transcendência, na imanência do corpo (Fole). Com uma vasta produção acadêmica, o FUGA 6 apresenta ao público goiano espetáculos que trafegam do cômico-filosófico ao existencial, passando pela experiência das marionetes e do teatro infantil. Uma oportunidade ímpar de conferir a atualidade do discurso cênico contemporâneo.
Programação FUGA 6 (de 06 a 15 de dezembro de 2013).
GRUPOS CONVIDADOS
• Coletivo Teatro da Margem & AQIS (Uberlândia/MG)
Apresentam: POTESTAD
Dia 06/12/13. 19h00. No Centro Cultural UFG.
Texto: Eduardo Pavlovsk
Atuação: Narciso Telles
Direção: André Carreira
Potestad é uma das mais importantes obras do dramaturgo, ator e psicanalista argentino Eduardo Pavlovsky. A narrativa é conduzida por um só personagem que desvela um dos traumas sociais mais significativos da história recente na Argentina: o roubo de crianças durante a ditadura. A encenação foi desenvolvida a partir da premissa da possibilidade da intimidade e da cumplicidade com o espectador. O despojamento de cenografia e figurino buscam uma maior proximidade com o público. Negando a espetacularidade como elemento vinculante, temos na interpretação nosso elemento central.
• Cia. Pessoal de Teatro (Cuiabá/MT)
Apresenta: CIDADE DOS OUTROS
Dia 06/12/13. 21h00. No Centro Cultural UFG.
Dramaturgia: Juliana Capilé
Direção: Amauri Tangará
Atuação: Juliana Capilé eTatiana Horevicht
Música Cênica: Ebinho Cardoso
Cenotécnico e Iluminador: Paulo Kruckowsk
Confecção de figurino e adereços: Dila Kallil
“Cidade dos Outros” surgiu de uma pesquisa que teve como tema: a inapetência para a ação; a circularidade da vida e eterna espera pelo “maná divino”. De inspiração beckttiniana, dois personagens vivem em situação inusitada, sonhando em ganhar no jogo e fazendo planos para os milhões que irão receber, quando ganharem.Este é o ponto de discórdia e união entre esses dois seres.Enquanto esperam as personagens se põe a dialogar sobre banalidades. A vida é cíclica, sim, sem propósito, vazia, entediante, mas tende a se deteriorar cada vez mais. O ritmo de suas vidas é marcado por uma emoção: a espera; que é, ironicamente, a ação da peça. A vida é um jogo que deve ser vencido a qualquer custo, mas o que se pretende ganhar?
• Michelle Moura (Curitiba/PR)
Apresenta: FOLE
Dia 07/12/23. 19h00. No Centro Cultural UFG
Criação e performance: Michelle Moura
Som: Rodrigo Lemos
Luz: Fábia Regina
Dramaturgia: Alex Cassal
Produção: Cândida Monte e Wellington Guitti
Apoio: Programa Artistas en Residencia PAR 2013 / Taller Casarrodante em parceria com FIDCU - Festival de Danza Contemporánea do Uruguay. "Essa pesquisa foi desenvolvida com subsidio do Programa Rumos Itaú Cultural Dança 2012/2014”.
Em Fole o movimento é de expulsar.A prática é de hiperventilar.E o desejo é de sair de si.Escolhi a hiperventilação como uma estratégia para explorar o fenômeno de feedback na dança que estou interessada em produzir. Entendo feedback como um processo em que "o efeito de uma pequena perturbação em um sistema inclue um aumento na magnitude da perturbação". A respiração acelerada produz concretamente alterações no meu estado psico-físico, e assim mantenho um processo de constante atualização de sensações, que produzem transformacões num sistema: movimento que produz ar, que produz som, fisicalidades que geram emoção, controle que gera espontaneidade, rítmicas que criam palavras, que criam sensações e vibrações.O resultado é uma dança que tende á instabilidade, desorientação e exagero, que consequentemente me levam á exploração do paradoxo de "mover" ou "ser movido".
https://vimeo.com/80698230
• Grupo Máskara e GTI – Núcleo de Investigação Cênica
Apresentam TEMPO(S) EM ANDAMENTO
Em parceria com o Festival Goiânia Em Cena.
Dias 11 e 13/12/13. 18h30. No Centro Cultural UFG. Dia 12/12/13. 17h00. No Centro Cultural UFG.
A Performance Tempo(s) em Andamento é uma parceria do Grupo Máskara Núcleo de Pesquisa Transdisciplinar com a direção do Dr. Robson Corrêa de Camargo e Teatro GTI -Núcleo de Investigação Cênica com os atores Bruno Peixoto, Edson de Oliveira e Valéria Livera. A performance foi escrita por Robson Corrêa baseada no universo becketiniano e tem a trilha sonora executada ao vivo pelo percussionista Diego Amaral, figurino e adereços de Michelly Lucena e a projeção de vídeos de Paulinho Pessoa. Esta parceria prima pela encenação contundente e aprofundada no universo de Samuel Beckett.
• Cia Aqua de Teatro (Araguari)
Apresenta: BALANÇO NO AÇOITE
Dia 12/12/13. 18h45. No Centro Cultural UFG.
Atores: Diogo Sanquetta e Tosha Humana
Direção: Diogo Sanquetta
Colaborador Técnico: Paulo Hyure
A Cia Aqua de Teatro, sob o forte texto "O Navio Negreiro" de Castro Alves narrado por Vinícius Bolívar, propõem a dialética dos açoites do passado que marcaram nossa história sob o viés da escravidão até os açoites 'presentes' ao qual não percebemos que ainda somos os mesmos escravos.
GRUPOS SELECIONADOS
• Grupos SoloS de Baco e PlenLuno
Apresentam:CATA(DORES) RECICLÁVEIS
Dia 07/12/13. 21h00. No Teatro Goiânia.
Direção e dramaturgia: Natássia Garcia
Elenco: Alinne Vieira, Izabelle Eleonora, Jackson Leal, Jonathan Sena
Músico Convidado: Rui Bordalo
Contra-regra: Michael de Souza
Cenografia:Izabelle Eleonora
Figurino:Kárita Garcia
Iluminação: Rodrigo Horse
Preparação vocal:Cristhianne Lopes
Preparação musical: Abílio Carrascal
Produção: Patrícia Vieira
Arte Gráfica: Márcio Fidélis
Fotos: Jéssica Wuiner
O projeto Ópera do Lixo, com o espetáculo “cata(dores)recicláveis" leva aos palcos os estudos e as experimentações acerca do trabalho com os materiais recicláveis. A partir de uma parceria entre os grupos SoloS de Baco e Plenluno Teatro, com olhar lançado ao Teatro Épico, o texto é fruto de criação coletiva e possui dramaturgia e músicas originais. A peça traz nas personagens, no espaço cênico, na música e na dramaturgia vestígios do lixo e as memórias de catadores e de recicladores da cidade de Goiânia e de outros Estados brasileiros. Na cena, o coletivo de artistas compõe trajetórias da produção do lixo, através de imagens e reflexões sociais, dando relevo à luta de classes.
• Takaiúna Correia
Apresenta: BARBA
Dia 10/12/13. 18h00. No Hall do Teatro da EMAC.
Texto e Direção: Mauri de Castro
Atriz: Takaiúna Correia da Silva
Figurino: Marta Farias
Iluminação e Sonoplastia: Gleig de Souza
Produção: Jefferson Lobato
Um Andarilho que sai de lembranças e se personifica em BARBA. Este se apresenta sempre fazendo suas ações fundamentadas na Antropologia Teatral. O personagem é uma homenagem à Eugênio Barba, criador da Cia de Teatro Odin, conhecida no mundo inteiro. Barba é outra vertente de andarilhos, porém não deixa de sê-lo, embora suas estradas não tenham acostamentos ou buracos em curvas perigosas. O texto deste andarilho, vez por outra, conta histórias vividas pelo próprio Eugênio Barba. Trecho do espetáculo Vaga Voz do Oco.
• Núcleo de Pesquisa em Arte – CEP em Artes Basileu França Apresenta: (IN)SÔNIAS
Dia 11/12/13. 21h00. No Centro Cultural Goiânia Ouro.
Direção e Encenação: Leonardo Flôres
Direção Estética: Adriana Brito
Produção: Leilson Bezerra e Rui Neto
Atores: Hellen Lopes, Jordana Avelino, José Arnaldo, Lívia Vergara, Rui Neto.
Iluminação: Rodrigo Horse e Mariana Pontes
Pesquisa Musical: Orientação de Leonardo Flôres
Figurinos: Orientação de Kárita Garcia
Cenografia: Orientação de Thiago Santana
Maquiagem: Orientação de Renata Ghizzi
Fotografia: Gilson P. Borges
Sonoplastia: Yuri Rodrigues
Apoio: Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França
Uma livre adaptação, por meio de imagem semiológica, da obra Valsa n. 6, de Nelson Rodrigues, que une teatro, dança, música e vídeo no mesmo espetáculo, voltado para o público a partir dos 16 anos. Com uma linguagem de estímulo visual, sonoro e sensorial, o espetáculo aborda a personagem Sônia, uma adolescente já falecida porassassinato que busca entender sua atual situação em um plano atemporal.
• Núcleo Coletivo 22
Apresenta: DE LÁ PRA NZINGA VEM GINGAR!
Dia 12/12/13. 21h00. No Centro Cultural Goiânia Ouro.
Dramaturgia: Carlos Rabelo, Lorena Fonte e Renata Lima
Elenco: Lorena Fonte, Diego Amaral e Noel Carvalho
Concepção Musical: Diego Amaral
Figurinos: Núcleo Coletivo 22
Preparação Corporal: Associação de Capoeira Angola do Estado de Goiás – Só Angola / Núcleo Coletivo 22 / Lorena Fonte
Parceiro: Associação de Capoeira Angola do Estado de Goiás – Só Angola
De lá pra cá, vem Nzinga, vem gingar! É uma peça que mistura teatro, dança e capoeira para contar pra molecada a história de uma rainha guerreira, batuta e bambambã, que lutou feito capoeira, cheia de malícia e jogo de corpo, em defesa da liberdade de seu povo. É uma homenagem a uma mulher guerreira que vivei de 1852 a 1663 e que lutou durante 40 décadas em defesa de seu povo, deixando sua força marcada na história do que hoje conhecemos como Angola, país que tanto alimentou a cultura e imaginário brasileiro.
• Grupo Panos de Teatro
Apresenta: 4.48 Psicose
Dia 13/12/13. 21h00. No Centro Cultural Goiânia Ouro.
Texto: Sara Kane
Direção: Alan Santana e Bruna Isac
Elenco: Larissa Sisterolli e Letícia Lemes Santiago
Iluminação: Allan Santana e Bruna Isac
Sonoplastia: Allan Santana
Cenário: Grupo Panos de Teatro
Figurino: Grupo Panos de Teatro
4.48 Psicose se configura como um texto fragmentado, colocando no centro da representação uma mente psicótica. Escrita como um possível monólogo, apresenta também diálogos que podem ser interpretados tanto como conversas da personagem consigo mesma quanto dela com o médico que acompanha seu tratamento.
OFICINAS DE ESPETÁCULO DA EMAC
•Oficina do Espetáculo VIII - UFG
Apresenta:DEUS
Dia 08/12/13. 21h00. No Teatro Goiânia.
Professor Orientador: Saulo Dallago
Elenco: Allan Lourenço, Ana Carolina Dias, Andreia Alves, Fran D’Franceschi, Larissa de Paula, Lucas de Souza Nunes, Marcos D’Avila, Rhuan de Carvalho, Roger Thomas, Urânia Lima, Victor Baliane, Zélio Junio.
Coro: Ayra Samá, Matt Coutinho, Nataly Brum.
Espetáculo cômico baseado no texto "Deus", de Woody Allen. Trata-se de um espetáculo que brinca com os limites entre realidade e ficção, discutindo de forma irônica o papel da arte, do teatro e o olhar da sociedade sobre a arte de criar e interpretar personagens. Buscando referências na Grécia Antiga, no teatro moderno e contemporâneo, o grupo buscou regionalizar o texto, tentando porém manter as discussões provocadas por Allen quando da escrita da peça original, sobre a liberdade, o sentido da vida e o papel de Deus ou dos Deuses em relação a existência humana.
•Oficina do Espetáculo II - UFG
Apresenta:CONTA, DESCONTA E DESENREDA
Dia 09/12/13. 21h00. No Centro Cultural Goiânia Ouro
Professora Orientadora: Maria Ângela De Ambrosis
Elenco: André Luíz Vasco, Brisa Xavier Pontes, Bruno Pina de Souza, Carlos Ferreira Campos, Eduardo de Souza Texeira, Ewertonn Henriky Teixeira Feliz, Guerhard Sullivan Castro, Jandielle Aires Pimentel, Jessica Lins Costa Souza.
Espetáculo cênico cômico baseado no conto ‘Desenredo” de João Guimarães Rosa. Trata-se de um espetáculo criado pelo grupo a partir de estudos corporais, vocais e jogos teatrais buscando recriar o conto de Guimarães Rosa. Numa cidadezinha qualquer de um sertão, as personagens vivem das histórias e de suas imagens. Viver a realidade gera imagens/histórias diversas. Recontar as imagens/histórias desenreda novas realidades.
•Oficina do Espetáculo VI – UFG
Apresenta: RUA DAS FLORES.
Dia 10/12/13. 19h00. No Teatro da EMAC.
Teatro de Bonecos - manipulação direta sobre balcão.
Atores manipuladores - Camila Freitas, Darius Gomes, Elyza Cardoso, João Paulo Falcão, Luciano Diogo, Ludmyla Marques, Paula Lopes e Yasmin Lyra.
Direção - Guilherme Oliveira
Assistente de Direção - Isabela Preto Junqueira,
Assistente de Palco - Daiane Darling.
O espetáculo apresenta o Asilo RUA DAS FLORES, um espaço perfeito para intrigas em torno do amor, da imaginação e da memória. Teatro de bonecos inspirado na obra literária Guilherme Augusto Araújo Fernandes de autoria de Mem Fox.
•Oficina do Espetáculo II - UFG
Apresenta:A CLASSE
Dia 11/12/13. 19h00. No Centro Cultural UFG.
Elenco: Ingrid Rabelo, Karine Matos, Lara Moura, Linda Kimberly, Lorenna Biasi, Marcos Santos, Matheus Rosa, Michael Souza, Paula Mota, Rhallster Leal, Thyago Bento, Tiago de Barros, Tuan Inaiê, Pedro Cunha, Vinicius Antonelli.
Direção: Natássia Garcia
“A Classe”. Orientado pela professora Natássia Garcia, e com colaboração dos estudantes de Direção de Arte Janaynne do Amaral e Rui Bordalo, o coletivo de Oficina do Espetáculo I (2013) vem se dedicando a pesquisar a criação das escolas em Goiás no século XX. Nesse contexto, as investigações envolvem também a relação entre a vida no campo e o surgimento das cidades. Alicerçados no processo de criação coletiva, inicialmente, o grupo de artistas se apropriou do livro “Velhas Escolas” do goiano Basileu Toledo França e de alguns documentos acerca da história da educação nestas instituições de ensino. Elencamos o Teatro Documentário como referência formal e nos permitimos contaminar por Tadeusz Kantor, tateando a obra “A Classe Morta”. O que o público verá é, pois, uma experimentação com alguns dos temas que já foram trabalhados durante o processo, no qual experienciamos a ação, a imaginação, a memória, a fotografia e a musicalidade para a constituição das cenas. Sejam tod@s bem-vind@s a nossa aula!
•Oficina do Espetáculo IV – UFG
Apresenta: IN-SANOS
Dia 13/12/13. 19h00. No Centro Cultural UFG.
Coordenação geral e concepção: Andrea Pita.
Atores criadores: Ana Graciele Cabral, Gabriel Gomes , Layon Berigo, Daiane Darling, Cleber Sanviê, Jéssica Wuiner, Yasmin Carolina Ribeiro Silva, Lívia Vergara, Raquel Rosa, Rannier Ribeiro, Nayce Diniz, Marília Costa, Luana Leles, Uly Krisley Araújo, Emilha Correa, Roger Thomas, Takaiuna Correia, Any Ferreira, Diana Deyse Borges Silva, Flávia de Bastos Ascenco Soares, Cristiano Gonçalves Dias.
Assistência de direção: Yasmin Carolina Ribeiro Silva.
Textos: Marília Costa, Luana Leles, Uly Krisley Araújo, Emilha Correa.
Roteiro: Takaiuna Correia, Ana Graciele Cabral, Any Ferreira, Uly Krisley Araújo.
Vídeo: Roger Thomas. Jéssica Wuiner
Trilha sonora: Lívia Vergara, Raquel Rosa, Rannier Ribeiro, Nayce Diniz.
“Eu num gosto quando minha mãe, meu pais, meu vô, minha vó, minhas prima, es vem tudo pra dentro de mim. É muita gente falano o que eu tenho que fazê. Aí, num dá tempo deu fazê o que as pulga me pede. E eu gosto de fazê o que elas pede, porque eu fico boa na mesma hora.Tudo é proteção: As roupa e as ideias!”
(TIMBIRA, personagem por Takaiúna Correia)
Nos últimos anos aumentou o número de transtornos nomeados. Será isso sintoma do quê? De que o ser humano tem sido vítima do mundo moderno? De que ninguém é normal?De que a psiquiatria precisa aumentar o número de “clientes”? - quanto a esta última possibilidade, com certeza estamos sendo irônicos em relação à escancarada substituição do termo “paciente” por “cliente” em todo tipo de clínica. Stan Groff, psiquiatra e um dos pioneiros da Psicologia Transpessoal, chegou a dizer, a partir de sua prática clínica, QUE 70% dos pacientes psiquiátricos não necessitavam ser medicalizados, QUE estavam em momentos específicos de sua jornada de vida QUE não deveriam deixar de enfrentar, QUE a arte e experiências místicas poderiam ajudá-los na passagem pelos caminhos tortuosos.
O que é loucura então?
Num momento em que a diversidade finalmente se afirma como prática e discurso vitais para a humanidade, e que vozes e mais vozes se levantam no Brasil em nome da justiça, da liberdade, do direito de ir e vir, de tantos direitos tão postergados, é inegável percebermos que padrões de sanidade também foram inventados para possibilitar maior controle social, não esqueçamos as lições de Michel Foucault.
Nos perguntamos: qual a maior loucura/doença do mundo? Fatos-imagens nos vêm em cascata. O genocídio dos judeus por Hitler, o desvio de verba da merenda da escola, a prostituição de crianças, o trabalho escravo, uma lista quase sem fim. Loucos Antonin Artaud, Van Gogh, Arthur Bispo do Rosário, ou loucura a existência de um Hitler, de congressistas caixa 2, de donos e acionistas de indústrias poluentes? Loucos os pacientes do Hospital Psiquiátrico ou a enfermeira que apanha do marido, que dá todo o seu salário para a sobrevivência dos 3 filhos, que toma quatro ônibus cheios todos os dias, que tem três empregos, que deixa os filhos com a babá eletrônica ou com outros subjugados para cuidar de pacientes sabe-se lá como, e ou, sabe-se muito bem como?
Ao perguntarmos para a psicóloga que gentilmente nos visitou para nos acessorar: “qual a maior loucura do mundo para você?” , ela nos respondeu algo como: “não cuidar de si, não cuidar do outro”!Esta etapa de nossa performance work in process traz algumas de nossas impressões-sensações-questões do amplo espectro com que estamos lidando. Imagens, sonhos, quintessência de cenas trazidas se tornam planos que emergem da escuridão na intenção...na intenção...De trazer à tona o que não deve ser ignorado mais por nós mesmos em cada instante, em cada mínima decisão.
•Oficina do Espetáculo VI – UFG
Apresenta: O CAVALINHO AZUL
Dia 14/12/13. 17h00. No Teatro do IFG.
O Cavalinho Azul é um dos textos teatrais mais conhecidos de Maria Clara Machado, tendo sido montado diversas vezes pelo Tablado, desde 1960, e chegado ao formato cinematográfico, em 1984, sob direção de Eduardo Escorel, e grande elenco formado por artistas de renome como Erasmo Carlos, Joana Fomm, Eduardo Lago e a própria Maria Clara Machado, na personagem da Velha-Que-Viu.
A presente montagem busca fazer justiça à importância do teatro infantil na formação do ator e professor de teatro, e na formação artística do público goianiense, bem como à importância de Maria Clara Machado no teatro infantil brasileiro. Neste sentido, a encenação valoriza o texto teatral, buscando responder à sua altura, na criação cênica dos atores e em todos os elementos da montagem.
• Oficina do Espetáculo VIII – UFG
Apresenta: O INFERNO SÃO OS OUTROS - O hilário universo dos relacionamentos.Dia 15/12/13. 20h00. No Teatro do IFG.
Elenco e Direção: Aline Afonso Freire, Eliezer Carvalho França, Jackson Douglas Leal Silva, Jonathan Brites Sena, Lorena Fonte de Oliveira.
Orientação e coordenação geral: Prof. Newton Armani de Souza
e Profª Alinne Vieira Teixeira.
O espetáculo é construído a partir de textos dramáticos e literários onde os desencontros entre relacionamentos formam o fio condutor. Comédias do cotidiano que denunciam o paradoxo entre a proximidade física e a distância afetiva entre indivíduos em variadas situações. O teor episódico permite a ruptura com a unidade estilística, passando pelo meta-teatro, pelo realismo e pelo teor épico, preservando a comicidade como traço comum. A proposta de encenação opta pelo despojamento, no intuito de evidenciar o trabalho dos atores. Por sua vez, o elenco se alternou na direção e na atuação dos quadros, sob a orientação dos docentes.
OFICINAS (abertas à comunidade)
• Oficina de Elaboração de Projetos da FETEG.
Direcionada para o Fundo Estadula de Cultura.
Com o Produtor Cultural Marcelo Carneiro
Organização: Ana Cristina Evangelista.
Dia 08/12/13. 09h00 / 15h00.
No Espaço Sonhos Teatro Ritual (Colégio Lyceu).
• A situação presente como potência para exploração criativa
Oficina de Improvisação com Giselle Rodrigues (UNB)
Dias 12 e 13/12/13.09h00 / 12h00.
Na Sala de Dança o Centro Cultural UFG.
A oficina visa instigar os participantes (atores, bailarinos e performers) para a escuta e percepção aguçada do momento e da potência de situações que surgem com base na ideia do “fazer sem querer saber o que se faz” desenvolvendo uma investigação despretensiosa e sem um foco preestabelecido. Se lançar para a liberdade criativa permitindo que outros canais criativos se revelem. A partir de alguns procedimentos e exercícios o intuito é construir um espaço amplo de provocação para o exercício do sensível, da percepção do que vai ocorrendo no espaço/tempo da criação, e da melhor apropriação do material espontâneo surgido durante a execução de tais procedimentos.
Esta oficina faz parte da pesquisa sobre processo de criação desenvolvida por Giselle Rodrigues e tem objetivo estudar procedimentos de criação com base na noção dos conceitos de Aisthesis – percepção pelos sentidos – e a noção de Eficácia concebido pela tradição oriental, que considera que toda “situação/fator é portador de uma potência e que está destinado por si só a um desenvolvimento, no qual podemos apoiar-nos: em vez de fazer tudo depender de nossa iniciativa, reconhecemos que um certo potencial está inscrito na situação, que está a se referenciar, e que podemos deixar-nos <levar> por ele”. Atitude essa que propõe “aprender a deixar surgir o efeito: não para visá-lo diretamente, mas para envolvê-lo (como consequência): isto é, não para o procurar mas para o recolher – para o deixar resultar”. (Tratado da eficácia – Francoise Jullien).
Público alvo: Atores, bailarinos, performers.
COMUNICAÇÕES
• PROJETO DE EXTENSÃO NO ENSINO DE TEATRO À DISTÂNCIA.
Apresentação das experiências pedagógicas desenvolvidas na extensão à distância por meio do projeto Caravana Cênica realizado pelo Curso de Licenciatura em Teatro à Distância coordenado pela professora Giselle Rodrigues.
Dia 12/12/13. 15h00. No Centro Cultural UFG.
• LANÇAMENTO DO OBSERVATÓRIO CULTURAL
Dia 12/12/13. 18h00. No Centro Cultural UFG.
Programação (arquivo)
Source: Prof. Kleber Damaso
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